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Boia 154

Quando Marcelo Boscoli fala, voce escuta.

Nesse samba dos branquelos de cuca fundida (opa!) requebramos ao som dos 80 anos do Paul McCartney com Let Me Roll It e sorvemos cada acorde da Demo (eba!) do David Bowie, afinal são 50 anos do Ziggy tocando guitarra.
Tivemos a volta do Almanaque e da Imagem Falada!
Para analisar a etapa de El Salvador, Júlio Adler, João Valente e (trio completo!) Bruno Bocayuva convocaram ninguém menos que Marcelo Bôscoli, analista sênior do Por Dentro do Tour, podcast vizinho e amigo.
Como esperado, não houve gritaria, esperneio e nem palavras de ordem – o cavalheirismo reinou incólume – lamentamos informar.
Nosso único compromisso é com o fracasso.

Boia 261 – Gabriel Medina fora da lista dos 100 maiores esportistas do século XXI Boia

Participação maciça dos Boieiros ouvintes. Mesmo torturados semanalmente por quase 2 horas do mais puro e autentico cavaquear da paróquia do Netuno sentado no colo de Iemanjá, esses bravos guerreiros dos pés sujos de areia teimam em nos ouvir. Júlio Adler, Bruno Bocayuva e João Valente, sabem que a teimosia é uma arma pra te conquistar. Eu vou vencer pelo cansaço. Nessa cumbuca de açaí, sem xarope, que é o Boia, espalhamos Beach Boys misturados com belgas, religião com paganismo, Duke com Medina e um Tito confessional, sem granola. A trilha, faustosa e desvairada, toca Curumin com o hino, Magrela Fever, o surreal Donny Hathaway com seu clássico, The Ghetto e fechamos comemorando os 88 anos dum dos maiores gênios vivos da música feita no Bananão, Hermeto Pascoal tocando ao vivo no Planetário em 1981, Bombardino. Que episodio! Senhoras e senhores…
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Um resgate com direito a profecia e tudo!

https://www.theguardian.com/music/2022/jun/16/paul-mccartneys-greatest-post-beatles-songs-ranked

10 respostas em “Boia 154”

Caros; reproduzo, aqui, uma mensagem enviada ao Júlio… Taí uma camarada com quem sempre aprendo algo, Marcelo Boscoli.

Vamos lá…Surf é igual a restaurante japonês, cada um tem o seu do coração. Imparcialidade é algo inatingível numa bancada de juízes… O camarada que admira-se com a borda, prefere os longos arcos a qualquer inovação. O outro que se derrama pelo que acontece acima da linha sempre tenderá a olhar o Line-up em busca do horizonte… Taí duas afirmações facilmente comprováveis em qualquer mesa onde surfistas revelam suas predileções ou, se preferir, na leitura dos diversos comentários de um fórum qualquer.. É possível diminuir a disparidade no julgamento? Acredito que, dentro de uma tolerância à realidade, isso acontecerá sempre sob a égide de uma enorme suspeição…. Não há nada a fazer a respeito disso ao menos se não abrirmos mão de certa honestidade intelectual… Vejamos… Para mim, é sensível que a dualidade borda vs aéreo soma-se à outra, aquela que incide no terreno da nacionalidade… Talvez essa última mereça alguma atenção… Afinal, defender um estilo de surfar é infinitamente menos passional do que afirmar uma identidade cultural… Por que tal desatino ocorre? vai saber… cá com meus botões, isso sempre me pareceu uma bobagem… No entanto, não parece ser para muitos outros, inclusive juízes de surf profissional… Na risca da caneta, houve erros, e diria mesmo incontáveis, de julgamento em bateria que somente se explicam pela predileção a um estilo. E, para não escapar do raciocínio, outros que somente podem ser explicáveis se a lente do nacionalismo obnubilou os juízos da bancada… Apenas para ficarmos presos ao passado recente… Nem aqui, nem na lua, Gabriel perdeu para Robson em G-land ou Felipe caiu frente a Colapinto em El Salvador… Como a sintaxe dos camaradas nas ondas se equivaleram; isto é, borda e progressão conviveram juntos sem muitos problemas durante os confrontos; de que modo explicaríamos o acontecido, uma vez que a diferença de qualidade entre os oponentes naqueles 30 minutos era evidente? Não encontro, nesses casos, outras explicações para além de um certo amor demasiado a certas bandeiras ou, em outras palavras, a certas formas culturais das quais os surfistas são representantes…. Vocês acham, de fato, que Gabriel com aquele brinco de crucifico a la George Michael, adulado pelos salmos cantados em transe pela sua mãe à beira da. praia não provocara certa rejeição por parte do Circo? Ou os assobios histéricos de Ricardo, acrescidos da perplexidade dos falantes da língua de Shakespeare frente a um Felipe que sempre vive em bando não confrontam o espírito self made man da cultura anglo saxônica? Afinal, esse papo de admiração pelo modo de ser do Brazilian Storm é a maior mentira ja contada…. Lembre-se que no Hawaii na década de 80 nada era mais insuportável no north shore do que aquela matilha junta a falar palavras cheias de vogais abertas…. Salvo engano e as exceções, Brasileiro sempre foi um tipo; para australianos e americanos; infantil, mal-educado e expansivo…. Não acho que somos os únicos grandes surfistas da atualidade, mas acho que, por vezes, é muito difícil aceitar certos resultados… Uma pena que Florence saiu, outra pena que Ethan, por vezes, tem o seu excepcional surf de borda mal julgado por quem somente admite o progressivo como métrica. Valeu, meus amigos. e desculpe-me pelo textão, mas achei que poderia ajudar na conversa. Parabéns pelo trabalho, um frescor em meio a tanto pre-realese, tal qual o Júlio gostava de nomear, nos tempos do Goiabada, os comentários de ocasião da imprensa especializada.

Mesmo com toda a fama
Com toda a Brahma
Com toda a cama
Com toda a lama…

Mesmo com tantas diferenças culturais, estéticas e éticas, o Bananão dominou – ainda domina!- o surfe competitivo mundial.
Com folga.
Os erros de julgamento permanecem, desta vez contra os nossos.
Quando era a favor, ninguém lembrava dos repetidos erros.

João, a única forma de mitigar a questão dos gostos e preferências pessoais de cada juíz é quebrando o criterio de julgamento. Se um juíz tiver que analisar o surf de borda de 0 a 10, ele terá de fazer isso, quer prefira aéreos ou não. O mesmo vale para o surf aéreo, estilo, manobras isoladas, onda inteira, conexão, flow, estilo, etc… Quebrar o conceito e pontuar as categorias é a única saída.

Que baita episódio. O Boscoli é foda, complementou bem demais o debate. Concordei com ele com a diminuição da vantagem do trio para os outros competidores, mas discordo sobre o Etan ter o melhor surfe de borda. Sobre o Ítalo, concordo com vocês, sobretudo com o comentário do João, sinto que o Ítalo assumiu um personagem pós título mundial que me parece estar prejudicando seu surfe.

Obs.: e sim; dá uma vergonha desgraçada esses escândalos que estamos dando nas redes sociais a cada derrota. Mania de confundir crítica com falta de educação.

Mas olha que a gringaiada não fica atrás no quesito latrina social. Basta assistir o campeonato nos feeds de YouTube em inglês e português, pra perceber que no lixo da chat box todos se equivalem.

Fala galera do Bóia.
Júlio Adler, João Valente, Bruno Bocayuva e o grande convidado Marcelo Bôscoli, me arrisco a dizer que esse Bóia foi um dos melhores, senão o melhor de todos.
Primeiro, pela análise profunda com relação a tudo que envolve o surf competição e a falta de boa vontade e imparcialidade dos juízes, com o nível técnico apurado da trinca brasuca.
Segundo, porque, para quem ama o surf a fundo, como vocês, 2:20hs de programa é um presente daqueles.
Espero que essa não deixem de chamar o Bôscoli para futuras análises, e se chamarem o Marcelo Andrade então, poderiam bater 3hs de programa.
Grande abraço e boas ondas!

Na linha das confusões elaboradas no Boia 154, dois pontos me chamaram a atenção nas transmissões da WSL nessa semana. Em primeiro lugar, a falta de homenagens, agradecimentos, comentários ou mesmo menções à figura do Mano Ziul pela instituição que dificilmente existiria sem as contribuições desse cara que tinha o verdadeiro dream job dos nerds surfistas, onde talvez eu me encaixe. Ítalo surfou com o seu nome nas costas e nem na entrevista falaram dele. Em segundo, a postura defensiva, quase acovardada, de toda a comunicação da WSL na questão dos julgamentos e da insegurança que eles mesmo parecem ter no processo de aferição das notas. Sem uma posição clara sobre os (talvez excessivos) questionamentos das notas, a única resposta que notei foi o novo chavão adotado pelo animador Chris Cote “Remember: we have the best judges in the business!”.

A resposta da WSL sobre o julgamento é o silêncio de sempre.
Sobre as homenagens ao Mano, postaram um vídeo e ficou por isso mesmo. Nem no site deixaram uma única nota sobre a contribuição dele – apenas um videozinho, mesmo da transmissão.
Constrangedor, no mínimo.

Sem o Mano, talvez a WSL existisse. O que não existiria era um programa semanal discutindo as notas das baterias da semana anterior.

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