Siga o Boia

Receba atualizações do nosso blog.

Junte-se a 23 outros assinantes
Seguir
Categorias
Podcast

Boia 191

Boia 261 – Gabriel Medina fora da lista dos 100 maiores esportistas do século XXI Boia

Participação maciça dos Boieiros ouvintes. Mesmo torturados semanalmente por quase 2 horas do mais puro e autentico cavaquear da paróquia do Netuno sentado no colo de Iemanjá, esses bravos guerreiros dos pés sujos de areia teimam em nos ouvir. Júlio Adler, Bruno Bocayuva e João Valente, sabem que a teimosia é uma arma pra te conquistar. Eu vou vencer pelo cansaço. Nessa cumbuca de açaí, sem xarope, que é o Boia, espalhamos Beach Boys misturados com belgas, religião com paganismo, Duke com Medina e um Tito confessional, sem granola. A trilha, faustosa e desvairada, toca Curumin com o hino, Magrela Fever, o surreal Donny Hathaway com seu clássico, The Ghetto e fechamos comemorando os 88 anos dum dos maiores gênios vivos da música feita no Bananão, Hermeto Pascoal tocando ao vivo no Planetário em 1981, Bombardino. Que episodio! Senhoras e senhores…
  1. Boia 261 – Gabriel Medina fora da lista dos 100 maiores esportistas do século XXI
  2. Boia 260
  3. Boia 259
  4. Boia 258
  5. Boia 257

Tem 50 pés quebra tudo por onde passa, mas não é onda!
Na abertura do Boia 191, o rolo compressor é PJ Harvey, com 50 Foot Queenie, dando o mote pra mais um episódio gravado em março, Mês da Mulher.
Júlio Adler, Bruno Bocayuva e João Valente, os marmanjos de sempre, se reúnem na ilha de informação onde você atraca sua canoa toda a semana.
Aproveitamos o regresso do João para rapar o fundo da panela de Peniche e comentar o recém-anunciado (finalmente!) calendário do Challenger Series. Abordamos os paradoxos de uma entidade que promove a sustentabilidade e a correção política, por um lado, e organiza um circuito que obriga surfistas a cruzarem o planeta diversas vezes, usando bebidas alcoólicas e energéticas como fontes de receita, por outro.
As mulheres marcam de novo presença com uma foto histórica das mais ruidosas roqueiras do ocaso da década de 70 e ainda, um Almanaque dedicado ao muito recomendável documentário Sisters With Transistors, sobre as pioneiras da música eletrônica.
Tito Rosemberg crava os pingos nos is acerca da autoria da primeira matéria revelando o Rio de Janeiro dos anos 60 publicada na saudosa revista Surfer.
Finalizamos com Diana Ross usando e abusando de todos os seus atributos para empoderar como nunca as mulheres desse mundo com o clássico do Nile Rodgers, I’m Coming Out.
Boia 191, onde a ordem dos fatores altera o produto.

Almanaque

https://www.youtube.com/watch?v=sHLGmOQM9bM

https://www.theguardian.com/film/2021/apr/23/sisters-with-transistors-film-electronic-musics-forgotten-pioneers-clara-rockmore

Imagem Falada

Pra Lá de Marrakesh

Esse é o artigo que Tito se referiu no episodio 191

Trilhas

Já comprou a camisa do Boia ?

13 respostas em “Boia 191”

Boas pessoal do Boia
Grande Boia este, para mim talvez um dos melhores que ouvi, gostei mesmo. Cultura do Surf, sim muito álcool… o nosso desporto sempre foi um desporto marginal, não de marginais, por isso é que ele é diferente. Quanto ao ambientalismo/ambientalistas, concordo com tudo o que o João disse, sem tirar nem pôr. Relativamente ao palanque, porra, até que enfim que alguém diz o que deve ser dito… tudo naquela estrutura é um exagero… digo isto há muitos anos, senão desde o primeiro ano, quase. Nunca concordei com o tamanho daquela estrutura, nem com a política de acessos/restrições/convidados à mesma, e por isso mesmo só lá entrei em 2009, daí para cá sentei sempre o meu cuzinho na areia fria da praia. Júlio, sustentabilidade, palavrão muitas vezes utilizado para justificar a maioria das decisões que se tomam, e na maioria das vezes de forma errada. É preciso não esquecer que para algo ser considerado sustentável tem que cumprir três pilares: o económico, o ambiental e o social, o que na maioria das vezes não cumpre, cumpre apenas um ou dois… e assim já não é sustentável. Não sei se você conhece, aconselho dois livros sobre esta temática no mundo do surf: “Sustainable Stoke: Transitions to Sustainability in the Surfing World” e “Sustainable Surfing” (este tenho em pdf). Para terminar, João… duas semanas em Peniche e não foi ver a minha exposição na Tasca do Joel… ahhhh…Já quase me esquecia… eu adorava ter uma camiseta do Boia (Camiseta Boia 02 Caramelo GG), junta aí à lista. Abraço a todos.

Não Júlio, já não está, fui buscar na terça-feira. Passa no meu facebook, tem lá duas fotos. Já agora, contar uma pequena história. Eu moro do outro lado da rua da Tasca do Joel, e estava num cafezinho de bairro na outra rua, onde nos costumamos juntar para fazer uns petiscos, seja para ver o grande Benfica ou apenas para beber umas cervejas (ao fim de semana não falha). Estava eu ao grelhador, que colocamos na rua em frente à porta do café, a assar umas carnes, quando aparecem dois casais na casa dos 20 e poucos anos, brasileiros, surfistas, que tinham vindo ver o campeonato e iam à Tasca do Joel jantar. Estava cheio, com reservas à espera, tiveram que voltar para trás. Como lhes deu o cheiro do nosso churrasco, vieram perguntar se servíamos jantares, ao que este vosso amigo, que estava ao grelhador respondeu: pagam o pão e o que beberem, que a carne é por nossa conta. E foi assim que uns brasileiros, novinhos e bem simpáticos que iam comer à Tasca do Joel se juntaram ao churrasco e passaram um par de horas a falar de surf. Abraço

Que belíssima história!
Tenho a impressão de conhecer (e já ter tomado uma cerveja!) nesse café.
O melhor da Tasca é mesmo o Joel e a sensação que ele nos dá, todos, de sermos clientes especiais.
Não esqueço uma vez que lá estive, 2009 ou 2010, pedi uma recomendação de Vinho do Porto e ele sugeriu um Niepoort LBV, embalado numa linda caixa de madeira, menos de 10 Euros.
Todo ano eu voltava e comprava o mesmo vinho e oferecia aos amigos portugueses, que se deliciavam.
Mas o meu favorito (e do JV) em Peniche é o Mirandum.
Aquilo é uma orgia de frutos do mar!
Abrazzo

Verdade Júlio, o Joel é um espéctaculo, conheço-o há muitos anos, ainda do tempo em que a Tasca era um café, onde ele e o pai assavam frangos para a malta comer na sala de trás. Já agora, ele não se chama Joel, mas sim Jael. O Mirandum é muito bom. Abraço

Então qual é o problema gravíssimo que o surf brasileiro tem para resolver? Li numa publicação australiana esse mesmo problema… estaremos a falar da mesma coisa? Não pretendo ser um spoiler mas…

E por falar na estrutura do MEO Rip Curl Pro Portugal, tenho aqui umas fotos pré-campeonato e realmente é verdade, aquilo é um exagero! Há forma de poder partilha-las aqui nos comentários?

Surf, festas, anos 90, está bem descrito neste vídeo https://www.youtube.com/watch?v=GQ5sZDYA5Zg .

Grande Abraço

Ps. Fartei-me de rir da descrição do Valente relativamente às meninas da faculdade que o irritavam, à pala de Siouxsie.

Porra cara, adoro o Boia em sua plenitude. Mas essa história do Tito cara… me chamou a atenção (assim como muitas outras), essa em especial. Como um cara simples viveu tudo isso e o melhor de tudo é ter registrado, simplesmente ele zerou o game da vida, fez e faz tudo que quer a sua maneira, conhece inúmeras peças raras do surf e seus afins, lugares, pessoas exóticas ou não relacionadas com o surf, toda vez que chega no quadro dele fico tentando imaginar e criar imagens na minha cabeça de como dever ter sido, trilhando um caminho que não é meu mas dá um ar de nostalgia do caramba.

Forte abraço a todos

A vitória do Chumbinho foi fantástica, até minha esposa que não assiste parou para ver e torcer junto, vibramos muito.

Sobre a sustentabilidade no mundo do surf ou em outras áreas, cara vivo numa cidade (Natal/RN) umas das capitais de litoral mais bonitas do país, com um potencial gigantesco em tudo que se relacione a turismo e esporte que não está nem aí para qualquer cuidado com o ambiente, aqui na Praia de Ponta Negra onde surf e também é meu local de trabalho tem esgoto a céu aberto, ligações clandestinas dos hotéis na rede de águas pluviais que despejam tudo no mar, as vezes tentamos fazer mutirões de limpeza (muitas vezes em vão) para no outro dia estar tudo podre de novo, isso se vale em varios outros locais. Mas seguimos na luta de ter um espaço melhor que gere mais benéficos a todos.

Forte abraço e desculpem o desabafo.

Sobre a sustentabilidade nos eventos, eu nunca entendi por que montam um troço do tamanho de um shopping na areia da praia, enquanto em praias mais remotas (G Land, Noronha) conseguem realizar o campeonato com uma estrutura bem menor, oferecendo o mesmo resultado final

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *