Siga o Boia

Receba atualizações do nosso blog.

Junte-se a 23 outros assinantes
Seguir
Categorias
Podcast

Boia 243

Entre a fornalha do fim do verão brasileira e o primeiro alô da primavera portuguesa, os velhos comparsas navegam por águas já muito navegadas, sem nunca repetir caminhos. Julio, Bruno e João pegam a correnteza do CT em Peniche, falando o que ninguém falou da morninha etapa portuguesa do Tour. Marcando presença até na ausência, o inevitável Kelly Slater aparece na Imagem Falada, dando o tom de onde o Tour deveria estar nesta fase do ano. O Almanaque fica por conta da edição especial de 25 anos do Moon Safari, do duo francês, Air, um mar perfeito em melodias ondulantes, diria um poeta mais calhorda. Pra ensanduichar tudo, teve Baltimore, de Nina Simone, na abertura, e João fechou com a sua homenagem a Karl Wallinger, do Waterboys e World Party, com uma música dos primeiros, batizada com o nome dos segundos. Lembre-se: quanto menos se Boia, mais se afunda.

Peniche

Analise do Shearer

Almanaque

Imagem Falada

Trilhas

Comprem camisas do Boia!

2 respostas em “Boia 243”

Boas malta do Boia
Antes de mais dizer que concordo com quase tudo sobre o que disseram do campeonato em Peniche. Assim:
(1) Sim, foi um campeonato morno, tanto no masculino como no feminino, as razões foram as que vocês já disseram… nas meninas, depois do que se passou no Hawaii… porra… lixaram-me a Fantasy toda…
(2) Na minha opinião se o Medina naquela onda em vez de ir para um floater (que é uma manobra que os juízes não valorizam muito) vai para uma paulada a rasgar para dentro, provavelmente teria a nota que precisava… mas falar é fácil.
(3) A mudança de Outubro para Março trás uma maior probabilidade de as ondas estarem mais fracas, menos consistente e com menos power (apesar de na semana antes do campeonato os Super terem bombado). Acho que foi um erro (mais um da WSL) mudar o campeonato de Outubro para Março.
(4) Fazer um campeonato móvel, como o João bem disse, não é viável, e na minha opinião, não só pelas questões políticas. Se queres fazer um campeonato em ondas de consequência, entre Lisboa e Peniche, tens duas onde seria possível (estou a excluir os Coxos, por razões óbvias), Carcavelos e Supertubos, mas estas duas ondas recebem a mesma direção de swell e vento, ou seja, quando Carcavelos tem ondas, os Super tem pelo menos mais um metro, logo não tem lógica. Restava a hipótese Nazaré (Praia do Norte) para os ventos de sul, mas quando lá dá ondas, também dá nos Belgas (Pico da Mota/Point Fabril), mais pequenas é certo, mas mais perto e muito menos logística, mais que não seja pela questão política. Em Peniche tens tudo perto, e com as condições certas, sem grandes perdas de qualidade.
Quanto ao Slater, ele não está no tour pelo “bichinho da competição”, já não, ele está no tour apenas pelo “bichinho do negócio”. Prefiro recordar o KS até 2011 e esquecê-lo daí para cá.
Quanto ao Turismo de Surf, o João disse e muito bem que “o surf já está passando”, isto, segundo entendi, numa perspetiva do negócio/apoios/patrocínios. Tem toda a razão. Não me surpreende. Se me permitem, transcrevo dois excertos de um artigo que escrevi em 2014 que acho que ilustram bem esta questão, e até vai um pouquinho mais além: “A palavra SUSTENTABILIDADE, que muita gente com responsabilidade nestas matérias, nomeadamente ao nível político, não sabe o que é, nem quais os seus pressupostos, é fulcral para que a curva do CICLO DE VIDA DO DESTINO TURÍSTICO possa ser o mais longa possível, pois o objetivo deverá ser, retardar ao máximo a sua fase de declínio, que é inevitável. (…) Seria importante que pessoas com esse tipo de responsabilidades, volto a repetir, nomeadamente políticas, tivessem conhecimentos, ou pelo menos vontade de os ter, ainda que superficiais, sobre estes conceitos, e já agora também sobre mais alguns, como por exemplo: DESTINO TURÍSTICO, PRODUTO TURÍSTICO, RECURSO TURÍSTICO e ATRACTIVO TURÍSTICO, e quais as suas diferenças… (…) As ondas e o surf são uma mais-valia para Peniche como fonte de rendimento e de desenvolvimento económico, já o defendo há muitos anos e continuo a defende-lo, mas não caíamos no erro de trabalhar este mercado numa lógica de curto-prazo, a quatro anos de cada vez, de nos deslumbrarmos, de permitirmos tudo e mais alguma coisa, numa lógica de quanto mais melhor…”
Abraço a todos.

Caro Zé, mais uma vez, obrigado pelo tempo e atenção dedicados à nossa taberna. Concordo dcom tudo o que dizes, menos com a visão do Slater. Acho que as motivações dele não têm nada a ver com negócio. Se sim, qual a estratégia? Vem na mesma linha de quem afirma que os resultados do campeonatos são ditados pelo dinheiro. Qual dinheiro?!?!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *