A grande questão nesse episodio é se o extinto Steve Albini seria Goofy ou Regular.
No Boia 251, João Valente, Bruno Bocayuva e Júlio Adler debatem a regra dos 3 segundos, o som e a fúria do surfe feminino em 2024, tanto na competição quanto no surfe livre (Ver Almanaque), pinturas de prancha e stingers no Imagem Falada e velhas práticas amplificadas pela estupidez alheia.
A trilha fica toda por conta do Albini, engenheiro de som do Nirvana em Rape Me e dos Pixies em Vamos.
Encerramos com Prayer to God e The End of Radio dos Shellac e Fists of Love dos Big Black, todas do Albini purinho, sem gelo.
GWM Sydney Surf Pro
Steve Albini
https://www.newyorker.com/culture/postscript/the-beautiful-rawness-of-steve-albini
https://defector.com/everyone-has-a-steve-albini-album
https://jacobin.com/2024/05/steve-albini-music-democracy-art
https://www.thenation.com/article/culture/steve-albini-interview
https://trabalhosujo.com.br/steve-albini-1962-2024
14 respostas em “Boia 251”
Mais um grande episódio, não costumo comentar aqui apesar de vir cá com alguma regularidade mas hoje quis agradecer a dica dos pixies que não conhecia. Sobre o tema da Erica Máximo concordo a 100% com o João e estive a discutir isso mesmo com um americano nos comentários da Stab. Se fosse a malta do 2% já era Ok porque eles sim são companheiros. Só dá para rir.
Sobre a piscina de Óbidos, sou a favor de piscinas de ondas mas será a zona do país onde fará mais sentido? Não há litoral que chegue? Também tenho muita curiosidade para perceber quem será o público da piscina.. aprendizes ricos? Atletas? Não sei. Grande abraço!!
Tem a sorte de conhecer agora os Pixies e descobrir disco a disco os petardos da banda!
Boas malta do Boia
Começar pela “regra dos 3 segundos”, que regra mais idiota. Será isto já influência das piscinas de ondas na padronização do julgamento de surf (se não me engano nos Ct’s na piscina do Kelly era cronometrado o tubo) e da formatação dos próprios juízes para o julgamento. Em ambiente natural não faz qualquer sentido este tipo de padronização. Remeto para o comentário do LHAVdA no Boia 247, uma reflexão muito interessante sobre juízes, regras e julgamentos.
Quanto à Erica, concordo com tudo o que aqui foi dito, e estou muito com o Júlio, não vou julgar essa menina. Acho que o que se passou ali não foi mais do que o resultado do mundo em que hoje vivemos, em que o importante é ganhar, não interessa como. Esta miúda foi/está sendo formatada neste contexto desde muito novinha, o que a levou por força da tenra idade, a uma atitude irrefletida, que por via das redes sociais tomou as proporções que tomou. Quando vi o vídeo do pedido de desculpas tive muita pena dela, pois tive a perfeita noção que estava sendo lançada às feras pelos COVARDES que deveriam ser os primeiros a dar a cara por ela, os responsáveis federativos (treinadores e dirigentes), que se esconderam atrás de comunicados idiotas, em que o único objectivo foi o de salvar a face, quando na minha opinião têm muito mais responsabilidade no sucedido do que ela. Ainda assim há algo que me faz muita confusão (penso que a miúda é ainda menor de idade) como é que os pais deixaram que um vídeo daqueles saísse. Veremos se esta miúda não virá ainda a pagar um preço mais alto na sua ainda muito precoce carreira desportiva, e isso será já notório nas próximas competições e nas próximas convocatórias.
João, estou felizaço. Obrigado. Abraço a todos.
Seria engraçado/curioso fazer um paralelo entre a Erin e a Erica.
Num determinado momento, elas se encontram numa das encruzilhadas do surfe de competição…
(E por bem mais de 3 segundos!)
Buenas!
Hahaha…se Albini seria goofy ou regular é uma grande questã! Por isso que me salvo no Boia, pois relaciona música, literatura, filosofia, sociologia, política (nem tanto), histórias pitorescas e até surf fazendo-nos pensar que o Boia é só isso, mas ao contrário, é muito mais!
Regra dos 3 ainda é aquela boia subjetiva onde é possível se agarrar, por exemplo, num julgamento caseiro…Portanto, será mantido.
Em tempo: na prancha do MR, me parece um espermatozóide…não?
Abç aos desalmados
Um espermatozoide muito do debochado!
Mais um episódio foda!! O “especial” Steve Albini valeu muito!! O cara era foda, e além de tudo que vcs falaram ,ele era acessível!! Vou explicar: o estúdio dele era acessível. Pensa…nos meus tempos de Lo-Fi (minha antiga banda) nós gravávamos álbuns inteiros em sessões de 12 horas ou seja: uma diária.
Eis que uma diária numa das salas do Electrical Audio custa 450,00 dolares. E se fosse pra gravar com o Albini, mais 900,00 dolares. ou seja, 1350,00 dólares. Eles não exigiam demo nem porra nenhuma e ainda diziam o seguinte sobre a diária: “Definimos um dia como um bom período de tempo em que você, sua banda e o engenheiro se sentem confortáveis trabalhando.
A maioria das sessões começa entre 10h e 12h e continua até que o trabalho do dia termine ou todos estejam cansados. Para cumprir os regulamentos de horas extras, as sessões envolvendo um engenheiro interno ou assistente – e não Steve, Greg ou um engenheiro externo – não devem durar mais de 10 horas.
Cobramos por dia para sua conveniência, para que você não precise ficar atento ao relógio e não precisemos cobrar uma taxa adicional de “bloqueio” quando você usar mais de um dia consecutivo.”
Enfim….1350 dólares vc tinha um material gravado com o cara e PONTO FINAL.
Isso ficou na minha cabeça por um tempo…..me atentando….mas nunca rolou.
Abraço a todos
obs.: João, a piada sobre o Tetris foi um dos pontos altos do episódio!! E que programa de SURF lembraria do aniversário de lançamento do Tetris? hahahaha…vcs são foda
E o Albini gravou/produziu mais de 10000 discos!
Até o Boia poderia ter feito um disco com ele!
Exato!!
Boa noite .
Eu escutei certo , João ? Vc falou sobre Sublime ? Outro episódio você havia falado sobre Mogwai . Pelo visto nosso gosto musical é muito parecido apesar da idade distante .
Conheço pouquíssimas pessoas que tenham se aprofundado em Sublime ou que ao menos conheçam as Demos e as versões toscas ao vivo . Bradley era um gênio que conseguiu misturar a porra toda e criar um estilo próprio . As letras eram sinceras e pesadíssimas mas ele conseguia fazer músicas alto astral com um som cru. Qualquer dia da vida dele se transformava em uma Música foda .
O baixo do Erik não tem igual . Cada nota no seu lugar, sem presepada, com peso e flow único . Tem muita coisa pra falar da banda , dos produtores , dos amigos das overdoses ……
Tem aquele vídeo do Sublime na Warped Tour. Bradley muito doido, tocando tudo errado e ao mesmo tempo tocando o foda-se. A galera jogando lama e eles tocando. Até hj eu não consegui concluir o que eu sinto sobre esse vídeo. Se é triste ou genial!!
Só mesmo o Boia para falar cadeira mais insignificante do Curso de Ciências de Comunicação, Semiótica.
Mundial ISA Júnior, não me vou alongar muito e fico-me pela velha máxima, “a educação vem de casa”.
Excelente seleção musical! Só comecei a ouvir Pixies com atenção no início dos anos 2000 e lembro-me nos idos anos 90 durante a entrega dos prémios MTV, as bandas agradecerem sempre em primeiro lugar, o produtor. E havia sempre um que sobressaía, Butch Vig.
Surf feminino e eu a acabar de assistir “How Surfers Get Paid: Season 2, Episode 4 – The queens ascension”.
Almanaque, engraçado que já é a segunda vez que a equipa do “Maps to Nowhere” vai a este país (primeira vez em season 1 Episode 2: The Accidental Treasure). O restaurante onde foram jantar denuncia a localização. Em relação ao episódio mais recente, só posso dizer que defendo o secretismo deste spot “a ferro e fogo”. Mas o que realmente sobressaiu foi “as surfers we spend years chasing seconds.” Nem mais!
Abraços a todos!
Sobre os mapas para nenhum lugar, quem sabe, sabe…
Estou muito curioso para assistir a segunda temporada do How Surfers Get Paid (não que eu tenha assistido a primeira…) mas pelo jeito, vou esperar ir para Youtube.
Abrazzo
A excitação dos caras (6 – 7 min) parece a gente (galera do SJC) qdo ligaram as olas da Grama! 🤔😎🤙🏻