Verdadeira explosão de sabores!
No episódio 260 do Boia, conseguimos unir a trinca de ouro que tornou esse podcast no gigantesco sucesso que somos hoje.
João Valente, Bruno Bocayuva e Júlio Adler entram num bar, pedem água da casa e porçãozinha de amendoim.
Antes do dono do estabelecimento nos expulsar, falamos dos rumores de mudanças na WSL, circuito e premiação para os caçadores de ondas grandes e outras amenidades.
A trilha fica com o pianista Laércio de Freitas, que nos deixou no dia 5 de julho, com a canção que ele fez para as filhas, Camondongas. Tony Joe White, a raposa do pântano! com Roosevelt and Ira Lee (Night of the Mossacin) e Angel dos incansáveis ingleses de Bristol, Massive Attack.
Rumores…
Link para o artigo do Diogo Mourão
Big Wave Challenge
https://www.surfer.com/big-wave
Walter Hoffman
https://www.eos.surf/encyclopedia/hoffman-walter
https://vault.si.com/vault/1965/10/18/an-odd-sport-and-an-unusual-champion
4 respostas em “Boia 260”
Salve Júlio, Bruno, João e Tito! Primeiramente quero comentar a fala do Tito. Acho que o fato
das pessoas, buscarem frequentemente se abrigo em grupos, está mais relacionado com o fato de sermos
primatas, e que como primatas, nossa primeira fonte de proteção foi o grupo, com maior número de olhos
para alertar sobre os predadores mais fortes, velozes e ágeis. Creio que apenas os orangotangos, buscam
uma vida mais solitária, mas mesmo assim as últimas pesquisas revelam estes serem mais gregários do que
pensávamos. Vale apena refletir que o indivíduo como entendemos hoje, e a privacidade são construções
modernas, o corredor como espaço arquitetônico é uma invenção posterior ao Séc. XVII, nos castelos
anteriores, as pessoas para irem de um quarto para a cozinha ou para sair tinham de passar por outros
quartos ou outras salas, e nos tempos das invasões vikings, as pessoas viviam grandes salões onde todos
juntos, reis, rainhas, nobres, guerreiros inclusive os animais, e tudo era feito na frente dos outros, Sócrates
preferiu a cicuta ao degredo, pois não havia para ele vida fora da pólis. Dito isso, concordo que acampar
num lugar vazio e de repente estar cercados de estranhos é uma merda, mas ficar bravo com isto, é remar
contra a maré (coisa que nós surfistas fazemos direto kkkkkk).
Linkando (ou aglutinando, Júlio você decide), os comentários de vocês sobre o circuito mundial, e
o show do Suicidal Tendencies, eu como um surfista nunca competitivo, que começou com 13 anos e com
3 graus de miopia (mais um galo cego) e que participo, milito, neste rock crossover de Metal, Punk e
Trhash desde 1987, vejo muita similaridade entre estes grupos. Primeiramente nos dois casos quem assiste,
normalmente pratica ou está envolvido em eventos do meio, e nos dois grupos todos possuem opiniões
muito fortes sobre coisas sem relevância. Além do mais o surf, como o rock porrada nunca vai ser popular
para as massas, porque também está repleto de signos indecifráveis para quem não faz parte, os não
iniciados. Neste sentido acho que o grande erro da WSL é querer reinventar a roda o tempo todo. Criou-se
a prioridade e a bateria 1 contra 1 tá bom de mudança. Desagradou ou público core deixa pra lá, porque
fora do core não tem mais nada. Um exemplo a se seguir são os grandes festivais de Metal da Europa hoje,
qual banda alí pensa em ser Hit Maker? Mas ser hit maker nesta cena não importa, o que importa é existir
um circuito no verão europeu, que chama nomes consagrados e gente nova. E estar junto do público core
não é estar estagnado, este ano tocaram os tiozões carecas e proletários do Cock Sparrer no Hellfest. Nos
primeiros anos do festival seria quase impossível carecões tocarem pra cabeludos, e este ano estava todo
mundo curtindo e cantando junto. Excesso de visão também é erro. Um abraço!
Obs.: desculpe o textão…
Salve Fernando! Obrigado por seu comentário, que considero pertinente, mas, sou adepto da utopia. Ainda sonho em viver numa sociedade onde cada um se auto bastasse, mesmo apreciando a vida em comunidade. Acho que a sociedade ideal seria composta por pessoas auto suficientes mas que gostassem de dividir suas individualidades com outros seres. Infelizmente vivemos numa sociedade dominada pelo medo, instigado pela mídia e suas notícias aterrorizantes. Talvez nasça aí a necessidade de proteger-se no grupo, agregados, amontoados. Como disse no início, sou um utopista e assim, creio num mundo melhor, onde, como orangotangos, poderiamos viver sem incomodar uns aos outros. Forte abraço
Um abraço Tito! Você está no meu panteão de heróis desde o Camel Trophy Bornéu!
Mais um excelente episódio! Acabar com Massive Attack (a minha preferida desse album é a “Black Milk”), mencionar Suicidal Tendencies… Por exemplo, se não fosse o Bóia não saberia da existência de Laércio Freitas (mais uma excelente descoberta).
Tito, as pessoas hoje em dia vão todas em manada porque pensar dá trabalho e gasta-se muito tempo. E tempo é algo precioso, pois nos dias de hoje vive-se a correr. Se não pertenceres a esta corrida, não és da malta. Logo, é mais fácil ir em grupo e assim acabam todos por ver a mesma coisa, por uma questão de segurança.
Ansioso por receber a revista Surfing World, mas só vou tê-la em setembro. Oopsss, será que aqui estou a seguir a manada do Bóia? Abraços