Demorô mas abalô!
Duas palavras, Yago Dora.
Deixamos nosso vira-latismo de lado e convidamos o surfista brasileiro que mais enfeitiça olhos cobiçoso de algo mais, além das piruetas e resultadismo- sejamos claros, Estilo com E maiúsculo.
João Valente, Bruno Bocayuva e Júlio Adler aproveitaram uma brecha na atribulada vida do jovem para matar a curiosidade dos coroas.
Ao final de mais de hora e meia de papo, ficamos sabendo qual esquerda deveria fazer parte do circuito, qual música escutar no domingo pela manhã, porque Slater é pato da nova geração, que o jogo é jogado, lambari é pescado, filmes de surfe não envelhecem e em rio que tem piranha, jacaré nada de
costa.
Fomos até o OP Pro de 1986 no Almanaque e presenciamos porradaria estancar durante a final e nos maravilhamos com a capa do disco do Roberto Menescal no Imagem falada, prestando tardia homenagem ao selo Elenco e seu legado estético, deixado nas artes do Cesar Vilela.
Pega a visão, Baco Exu do Blues abre o episódio com, Sinto Tanta Raiva… e os ingleses Yard Act dão o ponto final com 100% Endurance.
Esse é um começo, não um fim.
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Boia 163
Voce está sentado sozinho num canto, o salão cheio de casais dançando, sorrisos, mão na cintura, outra no ombro.
Adolescência pode ser um lugar longe de tudo.
Levanto olhando pro chão, um pé arrasta pra frente, a cintura acompanha o movimento, atrasada, completamente no ritmo.
Os braços balançam desordenadamente, a cabeça inclina levemente pro lado e…voce está no centro da pista,!
Liberdade não é muito diferente disso.
Toda terça-feira, perdoa os atrasos, o Boia te bota pra dançar ao som melódico das vozes do Bruno Bocayuva (ausente nesse 278), João Valente e Júlio Adler.
Conversas inúteis, como inútil é remar de volta para a última onda antes de sair.
Seus Amigos de bolso.
A trilha vem com King Britt Presents Sylk 130 e City (5-6 Theme), Sleaford Mods e McFlurry, Don't Wanna Fight
com os Alabama Shakes e Lou Donaldson com Pot Belly.
Dança!
Uma resposta em “Boia 163”
Legal ouvir o Yago falar de Kalani Robb e Silverchair entre suas referências e que não dá pra subestimar o Kelly nunca. Esse olhar interessado e respeitoso pro passado, e ao mesmo tempo inovador, parece fazer muito bem a ele como surfista. Assim como faria bem a quem almeja produzir livros, filmes e músicas de qualidade se ligar no Hemingway, no Sergio Leone e nos Beatles.