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Boia 300

Boia é o podcast que começa quando acaba.

Nem sempre foi assim, Júlio Adler, Bruno Bocayuva e João Valente entram na sua casa, semanalmente, sem pedir licença.

Passeamos com os cães, andamos de condução por países díspares, nos enfurnamos em fones de ouvidos e caixas de som enquanto percorremos distancias que podem variar de duração conforme o interesse pelo assunto – e até somos capazes de fazer a mais solitária companhia ao momento sagrado de estar só.

Já vestimos vocês 13, colamos adesivos nos telefones e computadores (Pranchas tambem!), comentamos a Final dos 5 com exclusividade e ineditismo, trouxemos revistas da Austrália, brindamos, dividimos segredos, apresentamos um monte de gente e um ainda maior monte de canções perdidas…

Erráticos e consistentes, permanecemos.

A Trilha ficou por conta do Midnight Oil com Short Memory, Cassandra Wilson com Went Down to St. James Infirmary e Articolo 31 e Come Una Pietra Scalciata (Like A Rolling Stone).

Shred Sledz

Da conta do Instagram,

[“Happy Easter and Happy 420 for all who celebrate. Today is a high holy day for two seemingly opposing forces in modern America: the counter culture and the religious establishment.

It’s fascinating to think surfing has enough space under its broad umbrella to comfortably fit both of these views, and many others besides them. (And as far as I know, there’s nothing in the good book forbidding you from unwinding with a joint or two.)

Surfing is endlessly adaptable to just about any aspect of the human experience, whether you prefer the profound, the profane, or something in between. We all contain multitudes, as the saying goes, but one can’t help but think surfing has more complexity and contradictions than just about anything else. It is at once a rejection of traditional societal values; and also one of the last bastions of tribalism in its most primal form, manifested as a deep seated suspicion of outsiders. Surfing’s lineups are filled with a diverse range of people of all ages, backgrounds and political views. The sport is also overwhelmingly white and male, to a degree that would get it in trouble if it were a country club. If current trends hold, surfing will mostly be a sport for those with the means to live in the most expensive areas of the world; but the only accepted currency in the water will continue to be respect, now and forever.

There are countless things that sacrifice integrity in the quest for broad appeal. Surfing is not one of them. It is a pursuit that connects people and nature in a way that is immune to the corrupting influences of commercialism, vanity and the herd mentality, and that is something we can all celebrate, regardless of our personal beliefs.”]

Bells

https://julioadler.blogspot.com/2011/04/diario-dos-sinos-1-e-meio.html

https://julioadler.blogspot.com/search/label/Diario%20dos%20Sinos

Midnight Oil

Vargas Llosa Liberal

https://maisliberdade.pt/biblioteca/o-que-significa-ser-liberal

Trilhas

3 respostas em “Boia 300”

Mais uma dica boa do João . Acho que já falei uma vez que o João é a pessoa com o gosto musical mais próximo do meu . Se um dia puder , grava umas fitas como se fazia “antigamente” que eu compro pra ouvir no meu Deck . 😎

João , conhece esse álbum de versões? The House That Bradley Built.
Acho que The Ballad of Johnny Butt e NEW REALIZATION vão te agradar . O resto do álbum é mais do mesmo .

Enquanto escrevia essa mensagem , seguia ouvindo o episódio simultaneamente. Porém, por um bom motivo tive o episódio interrompido seguidas vezes no meu spotfy.
O motivo?

Minha filha de 6 anos acordou e como ela faz todos os dias , pediu pra ALEXA(Amazon) tocar Pitty no quarto dela . Isso faz com que todas as contas da família escutem a mesma coisa . No meu caso estou no aeroporto tentando ouvir o Boia no fone de ouvido todo orgulhoso da pequena viciada em rock 🎸.
Solução é ver se o episódio já está disponível no Deezer e deixar ela com o spotfy.

Abraços

Boa tarde, vcs mandaram muito bem nesse episódio 300. Principalmente na segunda metade!
João Valente tava afiado : “Mas eu eu caio com aquela frase, né?
Que existem 2 tipos de pessoas no mundo. Tem aquelas que são capazes de extrapolar a partir de dados ausentes e depois tem as outras. As outras são você!”. PORRA, é isso ai João, antipatia e rock alto!!!

Voltando ao assunto da segunda metade do episódio: sim, hoje eu entendi que todo aquela crença quase mitológica de que o surf é algo transcendental, é uma baita balela. Como disseram, o sentimento de novidade, adrenalina, bem estar, pode vir de qualquer atividade e não é exclusividade do surf. Talvez tirando o tubo, mas quem que pega tanto tubo assim? A falácia da contracultura foi muito bem explorada por vcs e chegamos a conclusão que surfista é tão maria vai com as outras como qualquer outro grupo. Inclusive, eu teho amigos que só escutam som de filmes de surf. ta no filme de surf o cara escuta. Pode ser um som de cocô caindo na privada.
Hj em dia tá todo mundo parecendo jogador de futebol moderno (desculpa a sinceridade) e como foi dito no episódio: “Tem um monte de idiota pegando onda, e alguns deles pegando onda muito bem!” Não que eu não seja um idiota aos olhos de algumas pessoas.
Outra coisa um pouco fora do assunto, mas ainda dentro do assunto. Pelo menos aqui no litoral de São Paulo, estão acabando com as cidades. Eu deixei de frequentar Ubatuba em 2020 desgostoso por conta do crescimento exageradamente rápido. Prédios e mais prédios sendo erguidos sem a devida infraestrutura de saneamento básico, viária etc. Não é de hoje que as cenas que foram vistas nesse último feriado acontecem. É bem frequente, inclusive, em dias de semana a coisa anda meio feia por lá, obviamente em outras proporções.
O texto lido pelo João ainda conta com uma previsão sombria: “Se as tendências atuais se mantiverem, o surf será sobretudo um esporte para aqueles que tem meios para viver nas zonas mais caras do mundo. ”
Enfim…. aqui eu não foquei muito no copo meio cheio (citando aqui um termo que o pessoal do mundo corporativo adora), mas ainda assim é um atividade, um assunto, um hábito que amamos e vivemos, mesmo não praticando com toda a frequência que costumávamos praticar. Faz parte do nosso cotidiano.
Mesmo assim, hj em dia, estou preferindo conviver com cavalos.

Por fim, o último comentário:
“(o surf) É uma busca que conecta as pessoas com a natureza de uma forma que é imune as influências corruptoras do comercialismo, vaidade e mentalidade de rebanho.”
Eu discordo totalmente dessa frase. (PONTO FINAL)

Gostei muito do episódio — tanto que o usei como referência em duas conversas recentes. Uma sobre a ideia de que o surf está “morto” por estar demasiado comercializado hoje em dia, e outra sobre o que realmente define um surfista.

Este último tema interessa-me especialmente, até porque comecei a surfar já adulto, perto dos 30 anos. Sempre estive ligado ao surf desde miúdo, mas nunca pratiquei. Em adolescente, havia uma mistura de vergonha por ter aulas (porque os meus amigos faziam bodyboard com aparente facilidade), e também o facto de ser proibido de surfar pelos meus treinadores — joguei futebol em competição durante muitos anos e o surf era visto como um risco desnecessário. Para piorar, sempre que tentava surfar às escondidas, acabava apanhado por causa das marcas do fato de neoprene.

Mas deixando isso de lado, vamos ao que me interessa mesmo: a diferença entre ser surfista e fazer surf. Para mim, não tem nada a ver com o nível técnico. É sobre o interesse pela cultura, pela história e pela própria essência da atividade.

Tenho este debate recorrentemente com amigos que, como eu, começaram mais tarde. Alguns praticam com regularidade, mas não sabem quase nada sobre a cultura ou a história do surf. Um exemplo que nunca me esqueci: um conhecido disse-me que o sonho dele era ter uma prancha da Lightning Bolt. Perguntei-lhe se era fã do Gerry Lopez — resposta: “não conheço muitos dos surfistas mais novos… só os mais antigos como o Mick Fanning ou o Tiago Pires”. Caso para usar a expressão do Júlio: “ai ai ai”.

E não é só com iniciantes — isto também acontece com surfistas de alto nível, alguns até competem. Para mim, ser surfista não tem nada a ver com a técnica e com o número de heats que és capaz de passar se depois estás a gritar com uma mulher nos seus 50 anos por estar a remar para a mesma marola que tu numa terça de manhã, provavelmente antes de ir para o trabalho. Forte abraço aos 3

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