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Boia 248

Nic von Rupp é um exagero e usamos sem a menor cerimônia o substantivo para evitar o sempre presente adjetivo, extremo – chatíssimo e repetitivo.
Imediatamente depois de ler o nome do Nicolau, imaginamos ondas monstruosas, situações de vida ou morte, tubos onde caberia um vagão de trem ou paisagens idílicas.
O Boia, naturalmente, corre pro outro lado.
No episódio 248, Júlio Adler e João Valente (Bruno estava curtindo a família no feriado!) preferiram falar de fofocas da noite balinesa, exaltar Tinguinha, relembrar baterias que ninguem se interessa e abraçar o saudosismo do impresso.
As canções escolhidas foram, Knights of Cydonia dos ingleses Muse, Ramblin Man dos Allman Brothers e, finalmente, Misty interpretada pela Divina Sarah Vaughan -que faria 100 anos no dia 27/03 se estivesse viva.

Nicolau

Almanaque

Imagem Falada

Trilhas

6 respostas em “Boia 248”

Só um singelo comentário que eu não gostaria de deixar passar…
Sou um admirador do Tinguinha, apesar de saber muito pouco sobre ele e fiquei feliz de saber dele ter sido um dos mentores do Nic Von Rupp, um dos surfistas atuais mais legais de seguir no Instagram.
Abraços

Boas malta do Boia
Começar por dizer que admiro bastante o surf e a atitude do Nic, para mim o melhor tuberider português de sempre. Este Boia foi muito bom, e não fosse a utilização da expressão “Zé da Esquina”, que não gostei, pois senti uma entoação depreciativa (pode até nem ter sido a intensão) e teria sido brutal. Os “Zés” da Esquina são 95% dos locais de qualquer spot, aqueles que ninguém (fora dali) conhece, na sua maioria com um nível de surf sofrível, que apenas gostam de desfrutar do surf com os amigos naquele local, e a sua opinião deve ser importante e deve contar, e a maioria deles nem sequer faz questão de aparecer num qualquer clip, quer apenas continuar a surfar em paz com os amigos, e por isso não nos devemos sentir legitimados na nossa opção, com base na opinião apenas dos outros 5%. É a minha opinião, que não é consensual e muito menos politicamente correcta, mas é a minha e tinha de a expressar. Dizer, no entanto, que respeito quem tem uma visão diferente, e que tenho perfeita noção de que a chamada economia do surf, e tudo o que ela envolve, vem baralhar muito esta questão e os seus pontos de vista (favoráveis e desfavoráveis).
Quanto à parte das revistas… que sorte ter vivido o surf na altura das revistas, que sorte ter passado semanas a ver a mesma revista, a mesma foto, a imaginar como seria surfar no local daquela foto, que sorte ter estado com mais 10/20 amigos na praia em volta da mesma revista a discutir qual a melhor foto, o que se teria passado no resto da onda daquela foto…. Não há nada que substitua as revistas de surf. Ainda hoje revejo/releio com regularidade as minhas “SurfPortugal”, que guardo religiosamente… e que recordações me trazem. Era tão bom que surgisse um novo projecto de uma revista de surf em Portugal, nem que fosse para sair só duas edições por ano (não pressionemos o João Valente)… ainda pensei que a VisualSurf (tenho as duas que saíram) pudesse evoluir para uma coisa desse género, mas com muita pena não se concretizaram as minhas espectativas… assim, aguardo ansiosamente pelo livro do João…
Abraço a todos.

Uma das coisas que eu mais gosto no Boia é a humanidade dos seus integrantes! A humanidade está nos pequenos detalhes. Neste episódio foi no comentário do João de que ele voltou a surfar.
Quando começamos pegar onda, queremos ir todos os dias, o dia inteiro, mas a vida de quem não vive do surf é difícil e muitas vezes precisamos dar um tempo, seja por questões profissionais, saúde ou até mesmo pra descansar do crowd. É bom saber que não sou o único a passar por isso.
Ainda sobre a humanidade: Nic Von Rupp dizendo que 90% das vezes está maral e uma merda. Guardada as devidas proporções, é bom saber que isso acontece até com os “exageros”.
Ainda em tempo, eu gostaria de fazer um comentário sobre o Boia 247. Na realidade, é uma provocação e, de novo, sobre o pesadelo “Juízes, WSL e surfistas brasileiros”. O comentário não é meu, é do Nelson Rodrigues e está em uma das crônicas do livro “À sombra das chuteiras imortais”.

“O profissionalismo torna inexeqüível o juiz ladrão (vamos aqui substituir o termo “juiz ladrão” por “erro de julgamento”). E é pena. Porque seu desaparecimento é um desfalque lírico, um desfalque dramático para os jogos modernos. ”

Eu odeio o VAR, acho que o erro do juiz faz parte do futebol e do surf, mas não nego que quando o Santos perde por conta do que eu julgo erro juiz eu também fico puto. E é muito fácil achar erros de juízes contra o seu próprio time.
Abraço a todos!!

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